Mudanças entre as edições de "Data Colonialism: Rethinking Big Data’s Relation to the Contemporary Subject"

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Edição atual tal como às 15h01min de 29 de setembro de 2019

Muitas vezes nos dizem que os dados são o novo petróleo. Mas, diferentemente do petróleo, os dados não são uma substância encontrada na natureza. Deve ser apropriado. A captura e o processamento de dados sociais se desenrolam por meio de um processo que chamamos de relações de dados, que garante a conversão "natural" da vida cotidiana em um fluxo de dados. O resultado é nada menos que uma nova ordem social, baseada no rastreamento contínuo, e oferecendo novas oportunidades sem precedentes de discriminação social e influência comportamental. Propomos que esse processo seja melhor compreendido através da história do colonialismo. Assim, as relações de dados promulgam uma nova forma de colonialismo de dados, normalizando a exploração dos seres humanos por meio de dados, assim como o colonialismo histórico apropriou-se de território e recursos e governou assuntos com fins lucrativos. O colonialismo dos dados abre caminho para uma nova etapa do capitalismo, cujos contornos apenas vislumbramos: a capitalização da vida sem limites.

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A Mecânica do Colonialismo de Dados

O legado do colonialismo do século XVI ao século XX inclui a dizimação de milhões de vidas nativas e o esgotamento de vastas quantidades de recursos naturais, tudo para o enriquecimento de alguns. Ao implantar o conceito de colonialismo de dados, nosso objetivo não é fazer analogias frouxas ao conteúdo ou forma, muito menos à violência física, do colonialismo histórico. Em vez disso, como indicado anteriormente, procuramos explorar os paralelos com a função do colonialismo histórico no desenvolvimento das economias em escala global, sua normalização da apropriação de recursos e sua redefinição das relações sociais para que a desapropriação parecesse natural.